Aqui não, Senhor Patrão! foi construído à partir da necessidade do grupo de
discutir as relações de trabalho no sistema capitalista. Foi pensado partindo de fatos históricos, focando na luta de classes e nas mensagens, diretas e subliminares que vêm tentando manter a classe trabalhadora dependente e subserviente à classe dominante. Reflete de forma sutil, porém critica, relações de trabalho onde a supervalorização do lucro está em detrimento da condição humana de subsistência.
A história é um recorte na trajetória da produção de uma bota: desde o trato do plantel que fornece o couro, até a fabricação do produto, culminando em sua venda. Através da visão temporal de passagem dos períodos históricos, um casal de trabalhadores passa por todas estas duras e diferentes etapas de produção, tanto no campo como na cidade. Estes trabalhadores vão percebendo o quanto sua mão-de-obra é inversamente proporcional ao lucro que geram ao seu empregador. A questão da mais-valia torna-se evidente e começam a tomar consciência deste sistema que é baseado na exploração do homem pelo homem e na propriedade privada.
Texto: Simone Brites Pavanelli
Orientação em dramaturgia: Calixto de Inhamuns
Direção: Marcos Pavanelli
Elenco: Beatriz Barros, Jéssica Duran, Lucas Branco, Marcelo Roya, Mizael Alves, Otavio Correio, Sabrina Motta e Tiago Cintra
Direção musical: Charles Raszl
Orientação em circo teatro: Fernando Neves
Técnicas circenses: Marcos Pavanelli
Figurinos: o grupo, com a colaboração de Selma Pavanelli
Técnico de som: Otávio Correia
Produção : Cristiane Accica e Simone Brites Pavanelli
Projeto Gráfico: Maurício Santana
Duração: 60 min.